Novos sucessos 11
No mês de março a banda escolhida para estar aqui no novos sucessos é a banda:
LUNABLU
Desde muito cedo, os três sabiam que teriam uma banda. Valentina e João estudaram música, e Thomas, ainda que tenha optado por estudar gastronomia, tem na bateria uma paixão mais antiga. Em 2007, Valentina conheceu Thomas e os planos de montar uma banda começaram a se fortalecer. Através do YouTube, João reencontrou a antiga colega de escola (da época do primário!) em um vídeo postado por ela. Era Valentina apenas com voz e violão na sala de casa, mas João já via a vocalista à frente da sua futura banda. Em São Paulo, em meados de 2008, o trio estava formado. Em 2009, formada uma base de fãs que conhecia as primeiras músicas do trio via MySpace, e já com um contrato assinado com a Universal, o LunaBlu fez seu primeiro show. “O LunaBlu já começou fora da garagem”, diz Thomas Henne sobre o fato de terem gravado as primeiras músicas no estúdio da produtora Cada Instante, de João Milliet e Rique Azevedo, que participa de algumas composições. A dupla foi responsável por toda a produção do CD.
As músicas do álbum de estréia atestam a qualidade técnica do trio. Os temas, que tratam de relacionamentos – muitas vezes de um modo instigante – sempre vêm acompanhados de vocais provocantes e riffs fortes. “Te Controlo”, uma das músicas mais novas do trio, abre o disco com a história de uma menina que faz um homem pensar que a controla. As provocações continuam em faixas como “Dry Martini”, um hard rock que remete a “I Kissed a Girl” de Katy Perry, contando um sonho entre duas amigas. Ou “Sinto Muito”, com sua pegada ganchuda e Valentina Piras mandando as cartas eL cantando: “Sinto muito amor, mas esse jogo eu já ganhei”. Ou ainda “Não Quero mais Você”, que rejeita um velho amor que não deu certo com a pegada forte do pop punk. Um dos melhores riffs de guitarra do trabalho embala uma outra faixa, que também é sobre perda: “Desilusão”. “É um solo antiquíssimo do João”, Valentina lembra. “A gente tem um lado pesado que não dá para negar.” Conseguindo dosar esse peso com baladas belas, entre momentos suaves e poderosos, o LunaBlu torna suas músicas especiais. “A Noite Vai Durar”, uma das faixas mais novas da banda, vem cheia de timbres de violão, é a mais romântica do disco. “Ela tem uma pegada mais John Mayer, que a gente gosta também”, revela Thomas. O mesmo clima volta na bela balada folk “Estarei Aqui”, em que as baquetas de Thomas foram deixadas de lado e ele tocou a bateria com os dedos, levando a música para um lado mais acústico. E também em “Sempre Comigo”, que começa calma, com violão, mas logo ganha o poder da guitarra. Essa música é a próxima a ganhar um videoclipe, gravado em locações no interior de São Paulo (entre elas, um cemitério de trens). Também é ela em que Valentina Piras divide os vocais com Lucas Silveira, do Fresno – a única participação especial do disco. De resto, são os três. E é até difícil perceber que não há um baixista no line-up. “A gente nunca achou um baixista que se encaixasse na banda”, João comenta. E, embora o LunaBlu já tenha se apresentado com até cinco pessoas no palco, isso não faz a mínima diferença. João e Thomas disparam bases sampleadas de synth pads e tudo fica preciso. A eletrônica que entra no som da banda é mais sentida em “Desafio”, com gravações de sons invertidos de violão dentro de um arranjo mais sofisticado, e nos belos efeitos de guitarra de “Nenhum Segundo”, cujo videoclipe frequentou bastante o Top 10 da MTV em 2010.
Taly barbosa
Fonte: https://www.bandalunablu.com.br/lunablu/